Onde as coisa são selvagens? Lá no fundo da alma, onde cada sentimento briga por seu espaço. Onde o mais forte, o mais astuto, o mais corajoso, o mais esperto, não são mais que pobres solitários inconsequentes.
Se tu és assim como eu, uma pessoal pouco equilibrada, com certeza vive em pé de guerra a todo instante. A sentimento, cada faceta, cada eu, tem sem momento de selvageria. Embora sejam uma família, embora todos sejam eu, cada um deseja e cada um comanda por um instante.
É difícil se manter ponderado quando a tristeza fala alto e a depressão toma conta:
“- Por que isso acontece comigo? Não ninguém gosta de mim? Eu não sou bom o bastante. Por que não levam em consideração o que eu sinto? Por que só pensam em si mesmo? Por que não sentem pena de mim? Por que?”
E isso leva a raiva a despertar, e seu balburdio incessante desperta a fúria. Nesse instante acabamos machucando a quem mais amamos, ficamos passivos, impassivos com o resto e novamente deprimidos. O mais incrível é que o lado ponderado geralmente é o menos ouvido.
É difícil se controlar, quando se sabe que quem se ama vai embora. É ainda mais difícil conviver com a ideia quando se passou a vida inteira sozinho, procurando alguém, esperando alguém. É difícil se ponderar, controlar a selvageria e colocar ordem nos sentimentos. É difícil não ser humano. É difícil deixar quem se amar trilhar um caminho longe do seu.
É eu sei, ninguém disse que era fácil, ninguém me disse que seria tão difícil. Me leve de volta para o começo.
